Como vender felicidade

Um novo estudo publicado no Journal of Consumer Research descobriu que a felicidade significa coisas distintas para pessoas diferentes, dependendo de onde estão focadas: no futuro ou no presente. Como resultado, os comerciantes que estão tentando vender os produtos com base na declaração de que vai fazer os clientes felizes devem ter uma abordagem diferente dependendo de quem é o público alvo.

Os autores do estudo descobriram que as pessoas vivenciam a felicidade, principalmente, de duas maneiras: através da excitação e pela calma. O estudo mostra que os consumidores que associam a felicidade com excitação tendem a ser mais jovens e mais voltados para o futuro. À medida que envelhecem, cada vez mais irão associar a felicidade com calma e com curtir o momento.

A pesquisa revelou que os consumidores que estavam focados no futuro escolheram produtos “excitantes” quando lhes foram oferecidos música, chá ou uma garrafa de água, enquanto isso, os participantes focados no presente tenderam a escolher marcas e produtos calmantes.

O estudo também descobriu que as pessoas podem ser estimuladas a focarem no presente ou no futuro por meio de palavras ou através da meditação.

Como dizer “Eu me sinto feliz” pode significar coisas muito diferentes para as pessoas, o estudo aconselha os setores de marketing a se relacionarem com os consumidores com a promessa de felicidade, considerando que felicidade não significa a mesma coisa para todos.

Porque o governo prefere você doente?

Você nunca se perguntou porque todo político em fase de campanha sempre promete melhor educação e melhor saúde para todos. Assuntos como estes seduzem a população, são temas que geram interesse populista, já que ninguém gosta de ficar doente ou ficar sem saber escrever seu próprio nome.

Que tal a Saúde?

Toda a campanha eleitoral precisa abordar este tema e todos os políticos o fazem muito bem. Mas afinal por que uma vez terminada a campanha e o político é eleito, porque fazem tão pouco? Seria por falta de dinheiro? Por falta de tempo? Por existirem outras prioridades? Outros projetos mais importantes na frente?

Muito bem, para responder estas perguntas eu fiz uma pequena pesquisa e descobri respostas que me incomodaram bastante.

Nas décadas de 40 e 50, sob mando do Presidente Getúlio Vargas, as prioridades eram justamente as mesmas de hoje, EDUCAÇÃO e SAÚDE para todos. Getúlio (o pai dos pobres) como era conhecido, tinha uma enorme aprovação política populacionista, devido as ações voltadas para o povo onde todos os recursos eram direcionados para o povo. Isso gerava muita inveja e até mesmo raiva do setor privado (industria e comércio). Foi no governo de Vargas que foram instituídas diversas leis trabalhistas, as quais protegiam os empregados e defendiam seus direitos em caso de demissões por seus patrões.

Naquela época os hospitais possuíam prioridade pelo governo e seus equipamentos eram os melhores que existiam, o atendimento se estendia a todas as classes e não havia necessidade nem motivo da existência de "Planos de Saúde" privados.

Escolas Municipais e Estaduais funcionavam até melhores que as escolas privadas, portanto a grande parte da população nem cogitava em mandar o filho estudar em uma escola privada, pois não havia necessidade. Durante o governo de Vargas não era bom negócio ser dono de Escolas ou Hospitais, uma vez que o Estado se encarregava disso e o fazia muito bem.

A pressão do setor privado, (o qual já contribuía e muito com impostos para o governo) começou a demandar mais espaço político para ganhar força e conseguir vender seus serviços para atender as (*falsas) necessidades da população. Digo (*falsas) pois se os serviços já eram bons oferecidos pelo governo então por que empresários faziam lobby dizendo que podiam fazer ainda melhor que o Estado? Teriam os empresários um real interesse em melhorar o que já era bom ou apenas lucrar com seus interesses privados? 

Vargas era contra isso, contra a privatização do setor da saúde e ensino. Ele defendia que alguns setores nunca deveriam ser privados pois a busca desenfreada por lucro acabaria com o real objetivo do serviço a ser prestado, alguns setores poderiam se corromper diante da busca desenfreada por lucro e isso acabaria com a qualidade do serviço a ser prestado para população.

Não quero fazer deste texto uma defesa a Getúlio Vargas, o que passou virou história e sem dúvida houveram muitas falhas durante o governo dele, não sou historiador e não vou entrar no mérito, no entanto percebo que ele tinha razão em não querer desvincular Educação e Saúde do Estado. Poderíamos dizer que ele era um visionário, que ele sabia que permitir a ampla privatização destes dois setores dariam em "M....". 

O interessante é que descobri que foi nesta época, quando houve a abertura para novos hospitais privados, foi coincidentemente quando o tabaco teve um dos maiores crescimento de produção. O que acelerou a venda de cigarros foi o forte apelo gerado pelos comerciais nas rádios, TVs e revistas. Naquela época era comum ver os atores e atrizes fumando nas novelas, em todas tinham cigarros. 

Não demorou muito para problemas de saúde relacionadas ao fumo começarem a aparecer, tudo causado pelo uso continuo do cigarro.

Agora vem a parte mais negra da historia.

Naquele tempo as agências de publicidade assim como hoje cobravam alto por suas campanhas de amplitude nacional. Mas quem financiava os anúncios de cigarros? A verba vinha de uma parceria entre os produtores de tabaco e um grupo formado por médicos muito influentes e ricos, isso mesmo médicos donos de hospitais investiam no crescimento da produção de cigarros. Assim mais e mais pessoas poderiam ficar doentes e precisar de tratamento em seus hospitais, com isso mais dinheiro entrava para os bolsos dos empresário (ditos médicos).

Mas como esta falta de ética era possível?

Na década de 50 foi criado o Ministério da Saúde, o qual o cargo de ministro intercalavam entre advogados e médicos. Estes regulamentavam muito a favor dos seus colegas médicos, portanto era uma farra....

Getúlio percebeu isso e começou a lutar contra o avanço dos médicos por lucro. Mas não eram só os médicos que Getúlio estava lutando contra, existia também a pressão da industria farmacêutica que lucrava com os doentes nos hospitais, os advogados se aliaram aos médicos e faziam lobby no Catete para frear a bravata de Vargas contra a abertura de novos hospitais privados.

Foi nesta época que médicos iniciaram o chamado Sistema Privado de Saúde Social (belo nome para o que conhecemos hoje como planos de saúde). Obviamente os mesmos médicos donos dos hospitais também eram donos dos planos de saúde, ou seja, será mesmo que os médicos queriam curar seus pacientes, seria este o real objetivo da maioria deles, ou será que a ganancia falava mais alto e quanto mais doente a população ficasse maiores seriam seus lucros. Pense sobre isso....

Em 1954 Getúlio Vargas foi encontrado morto em seu quarto no Palácio do Catete, com um tiro no coração. Existiam rumores entre os militares de que Getúlio tinha ideais comunista, obviamente não era verdade, ele apenas pensava no povo, mas também tinha consciência de que as empresas do setor privado impulsionavam a economia, portanto ele não tinha vínculos com a esquerda nem com a direita.

Getúlio entrou para historia como mártir e os planos de saúde proliferaram no Brasil assim como no mundo.Mas o que você acha? Teria fundamento os argumentos de Vargas sobre "não" permitir a abertura de hospitais privados?

Atualmente as empresas de planos de saúde são uma enorme fonte de arrecadação de impostos para o  Governo, portanto sabe quando o governo irá realmente regulamentar este setor? NUNCA...

Quem tem condições ($$$) se trata no Sírio Libanês ou no Albert Einstein e quem não tem vai pra fila do SUS, simples.

Saúde a todos.