(O Homem Mais Rico da Babilônia – link afiliado), de George Clason. Este livro é cheio de parábolas da antiga Babilônia e é um clássico de finança pessoal. É bastante acessível e com bastante inspiração e boas dicas sobre nosso relacionamento com dinheiro.
Para transmitir as idéias, o autor George Clason nos transporta para a antiga Babilônia, onde viviam os mais ricos homens dos tempos antigos. Eles entendiam o valor do dinheiro, com excelentes práticas de economia e investimento.
A primeira idéia que chama a atenção é como a Babilônia era uma região que não tinha riquezas naturais. Todas as riquezas da cidade foram criadas pelo homem. Suas riquezas vieram da capacidade de seu povo em articular, promover valor, em sua pro-atividade.
Aqui vão as idéias principais do livro:
De cada dez moedas que ganhar, gaste apenas nove
Faça o orçamento de seus gastos para dar conta de suas necessidades, alguns prazeres e mesmo assim poupar 10%
Faça o dinheiro multiplicar: aplique em atividades que tragam lucro ou rendimentos
Guarde o dinheiro em lugar seguro, onde haja liquidez e que tenha lucro
Seja dono de sua própria casa
Cuide de sua velhice e de sua família fazendo planos de proteção financeira para o futuro. Faça aquilo que ama e torne-se excepcionalmente bom.
Aumente sua capacidade de ganhar: cultive seus poderes, estude, torne-se mais experiente e sábio
Uma coisa que eu gosto muito é como o livro lembra que as pessoas que ganham digamos dez mil por mês possuem “despesas necessárias” que representam a mesma porcentagem de quem ganha mil por mês. Em outras palavras, quando ganhamos mais, gastamos mais: compramos um carro melhor, um apartamento novo, mudamos do Chandon pro Veuve Cliquot e assim vai.
Isso não é necessidade! É desejo, e pode ser controlado. Aliás, deve ser controlado para seguir a regra de gastar menos do que ganha.
Além dessas idéias, o livro recomenda não investir em áreas que não entendemos ou que não são aconselhadas por gente de nossa confiança.
Em diferentes passagens, idéias conhecidas em outros autores costumam ser apresentadas, como “onde há a vontade, existe um meio para alcançar”, como no conto do vendedor de camelos. Isso é o que costuma dizer Anthony Robbins: a pergunta mais importante a ser respondida é o “porque”.
Este é o livro que deixou popular o conceito de “primeiro pague a si próprio”: economizar e investir. Isso pode ser difícil quando o normal para a maior parte das pessoas é gastar mais do que se ganha. É necessário ter disciplina e um bom senso de realidade. Eu, por exemplo, sei que estou AFASTANDO muitos leitores ao defender a idéia do enriquecimento devagar e sólido… pois o que as pessoas querem em geral é uma maneira fácil de ganhar dinheiro rápido.
A idéia de deixar o dinheiro investido numa área onde não se retira é chave: o tempo e os juros compostos vão fazer o seu trabalho de enriquecer. Mas é necessário a paciência e a consistência em não retirar esse dinheiro para “emergências” como colocar silicone no peito, trocar de carro ou fazer aquela viagem internacional.
A vantagem do caminho sólido é que ela não é uma filosofia apenas para o dinheiro, mas para tudo o que fazemos, pois está relacionada ao conceito de Maestria. Toda a idéia de ser independente (financeiramente e em diversos outros aspectos) traz maior confiança e paz de espírito, que são chaves essenciais para construir e alcançar outros objetivos de forma equilibrada.
As idéias mais práticas do livro foram adicionadas como exercícios no livro A Classe Alta: Os truques de marketing e psicologia que aprisionam a classe média… e o que fazer para enriquecer.
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